Em 1943, o autismo foi descrito pela primeira vez pelo médico Leo Kanner. Desde aquela época observava-se o comportamento atípico de algumas crianças. O autismo pode ser definido como um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por um desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Atualmente, com o avanço da medicina, podemos afirmar que uma a cada cento e sessenta crianças apresenta o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os sinais de alerta nas crianças podem ser percebidos nos primeiros meses de vida e sua prevalência é maior no sexo masculino.
Alguns sinais de alerta são:
· Dificuldade no controle emocional
· Dificuldade de expressar o que quer
· Não gosta de alterações na rotina
· Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor
· Olhar fixo e peculiar
· Fala é tardia
· Dificuldade de interagir com outras crianças
O tratamento deve ser iniciado precocemente e para que seja adequado deve haver uma equipe multidisciplinar envolvendo, terapeuta ocupacional, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos. O terapeuta ocupacional possui como objetivo global ajudar a pessoa com autismo a melhorar a qualidade de vida em casa e na escola, introduzindo, mantendo e melhorando as habilidades para que essas crianças possam chegar à independência.
A psicologia é de extrema importância dentro da equipe multidisciplinar, auxiliando as pessoas com diagnóstico de autismo a lidar e a gerenciar desafios, desenvolvendo técnicas e metodologias específicas que vão de encontro das necessidades de cada pessoa.
O papel da fisioterapia no transtorno do espectro autista é de trabalhar os aspectos motores, sensoriais, equilíbrio, entre outros, visando sempre a independência funcional da criança com TEA. Já a fonoaudiologia atua no desenvolvimento da criança, contribuindo para reduzir os atrasos na audição e na fala, além de ampliar a independência cognitiva e funcional, facilitando sua comunicação e interação social, auxiliando as pessoas a se comunicarem de maneiras mais úteis e funcionais.
A equipe multidisciplinar é muito importante no processo todo com crianças com TEA, se fazendo presente em todas as fases do desenvolvimento. O objetivo como um todo deve ser para melhorar funcionalmente o indivíduo e o proporcionar independência para ser aquilo que ele quiser ser!

Mariana Abrahão
Fisioterapeuta | Redatora em Saúde Vie Instituto
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